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Biografia
A biografia é um tipo de texto que narra a história da vida de alguém.
A palavra biografia é composta pelos termos de origem grega bio (vida) e grafia (escrita).
Características
· Gênero narrativo, onde o narrador fala sobre outra pessoa e não sobre si mesmo.
· Os fatos são contados em uma ordem cronológica, ou seja, do começo ao fim.
· Conta um conjunto de informações sobre a vida de alguém e os acontecimentos marcantes de sua vida.
· Usa marcadores do tempo em que os fatos acontecem, como “na infância”, “na adolescência”, “naquela época”, etc.)
· Os fatos narrados são verdadeiros.
Como fazer uma Biografia?
Antes de mais nada devemos pesquisar sobre a vida da pessoa a qual vamos fazer uma biografia.
Pesquisar e colher depoimentos da própria pessoa, familiares e amigos, e materiais como documentos, reportagens e fotos, são fundamentais para que o texto seja mais verdadeiro e mais interessante para o leitor.
Leia a biografia abaixo com muita atenção:
Almerinda Farias Gama
Almerinda Farias Gama foi uma das primeiras mulheres negras a atuar na política brasileira. Era, uma advogada consciente dos direitos das classes trabalhadoras, além de jornalista e feminista”. Uma alagoana valente, que venceu preconceitos, mas que não teve reconhecimento histórico.
Nascida em Maceió em 16 de maio de 1.899, mudou-se aos 8 anos para Belém/PA para ser criada por uma tia, após a morte do pai. Em Belém, formou-se datilógrafa profissional. E, como escrevia bem, logo começou a publicar crônicas em um jornal.
Mas ela queria trabalhar em sua área de formação, e foi atrás de um emprego. Foi quando descobriu que os datilógrafos do sexo masculino recebiam 50% a mais que as mulheres. Esse fato revoltou Almerinda, que a partir daí passou a lutar por igualdade de direitos entre homens e mulheres.
Almerinda mudou-se para o Rio de Janeiro em 1929. Em pouco tempo, firmou-se na profissão e tornou-se presidente do Sindicato dos Datilógrafos e Taquígrafos. Desde aquele tempo, já percebia que o voto era o caminho para que a mulher conquistasse seu lugar nos espaços de poder, e se uniu ao movimento das sufragistas, grupo de pessoas que lutou pelo direito ao voto para todos, sejam pobres, negros e mulheres.
Em 1933, Almerinda tornou-se a única mulher a votar na Assembleia Nacional Constituinte como delegada classista (representante de uma classe trabalhadora). No ano seguinte, já formada em Direito, ela resolveu se candidatar a deputada federal. Ela defendia a independência econômica da mulher, a criação de leis em defesa do trabalhador e o ensino obrigatório e gratuito de todos os brasileiros em todos os graus.
Almerinda infelizmente não foi eleita. Mas, com certeza, foi uma vencedora, quebrando barreiras, vencendo preconceitos e se fazendo ouvir.
Almerinda morreu com mais de 93 anos, no subúrbio carioca, sem deixar herdeiros. Mas, cada vez que uma menina negra se interessa por política, recebe as bênçãos e o encorajamento dessa mulher admirável.
Vocabulário:
· Datilógrafo – Pessoa que digitava textos rapidamente em máquina de escrever.
· Taquígrafo – Pessoa que escrevia textos usando sinais, para tornar mais rápida sua capacidade de anotar mensagens.
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